Rendimento de Tilápias: O que é e por que deve ser medido?
- Felipe Ranon
- 27 de set.
- 2 min de leitura
O que é rendimento de tilápia e por que ele é tão importante na piscicultura?
Quando falamos em piscicultura, todo mundo pensa logo em quantidade de peixes no tanque, no preço da ração e no peso que cada lote pode atingir. Mas existe um número que, muitas vezes, passa despercebido e é ele quem define de fato o sucesso do produtor: o rendimento da tilápia.
Afinal, o que é rendimento?
De forma simples, rendimento é a relação entre o peso do produto final (normalmente o filé) e o peso do peixe inteiro que entrou no processamento. Esse cálculo mostra quanto do peixe realmente virou produto comercializável e quanto se perdeu em vísceras, pele, espinhas e refugo.
Por exemplo:
Se uma tilápia pesa 1 kg na entrada e, ao final do processo, gera 330 g de filé, o rendimento foi de 33%.
Isso significa que a cada 100 kg de peixe inteiro, o produtor terá aproximadamente 33 kg de filé pronto para venda.
Por que isso é tão importante?
Lucro real – Não adianta vender peixe a bom preço se o rendimento é baixo. Dois produtores podem criar tilápias do mesmo tamanho, mas aquele que tem melhor aproveitamento vai colocar mais filé no mercado com a mesma quantidade de peixe.
Controle de perdas – O rendimento funciona como um termômetro. Se ele cai de forma repentina, algo está errado: pode ser manejo incorreto, falha na alimentação ou até problema na filetagem.
Padrão de qualidade – Clientes e frigoríficos buscam consistência. Quem consegue manter rendimento estável prova que tem controle sobre o processo.
O que afeta diretamente o rendimento?
Nutrição: rações balanceadas melhoram a formação muscular.
Jejum pré-abate: feito de forma incorreta pode reduzir peso e rendimento.
Manejo: transporte estressante aumenta perdas.
Processamento: habilidade dos fileteiros e afiação das facas fazem diferença no grama a grama.
Em resumo
O rendimento é muito mais do que um número na calculadora: ele mostra se a piscicultura está sendo eficiente ou não. Produtores que acompanham de perto esse indicador conseguem ajustar rotinas, reduzir desperdícios e, principalmente, lucrar mais.
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